segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A dama (na puta que a pariu!) na água

 Ontem tive uma experiência cinematográfica muito interessante. Assisti a um filme que na ocasião considerei o pior que ja havia visto em toda minha vida. Como não quero ser injusto, talvez meu senso crítico esteja mais apurado, ou minha capacidade de tolerância diminuída (o que é mais provável), assim, digo apenas que com certeza foi um dos piores: A dama na água. Do início ao fim, há um asequência inacreditável de tudo que se possa imaginar para deixar o filme cada vez pior.
 Ele não tem absolutamente nada de bom? Tem. E o bom dele se resume a uma visão otimista, esperançosa e politicamente correta, que o roteirista tenta compartilhar. Ou seja, questão de princípios. Um monte de gente acha péssimo o otimismo a esperança e o politicamente correto.
 As atuações são péssimas, fica difícil entender os personagens, talvez eu tenha tido essa impressão porque esperava como personagens pessoas um mínimo próximas do real. Mas eram todos esteriotipados, fracos, com atitudes estranhas. A cada nova cena que exigia alguma atuação dos atores, eu só conseguia pensar: "quem em sã consciência age assim?!". No começo achei que era um problema de roteiro, mal escrito, história mal elaborada, diálogos muito ruins. Mas quanto mais eu assistia, mais eu tinha certeza de que talvez (mas só talvez) a história nao fosse tão ruim (as falas dos personagens são inquestionávelmente ruins) e de que a culpa era do diretor.
 Não há aprofundamento nos personagens, nós não sabemos quem eles são realmente, apenas aquele esteriótipo que no início parecia proposital, para fazer graça, mas depois eu não sabia mais o que era. Achei que era um filme com baixo orçamento, e acabaram contratando atores ruins, diretor ruim e seguindo a mesma lógica, equipe técnica ruim também. O que parecia um contraste apenas com o monstro vilão da história, que achei bom, mas tenho uma grande sensação de que essa impressão foi devida a minha impressão com todo o resto do filme.
 Decidi pesquisar alguma coisa sobre a personagem principal do filme, uma "narf". Não por interesse no filme, mas sim em mitologia. Eu queria ver se eles realmente estragaram alguma coisa que possuía certo valor. Eis então que começa a aflorar minha indignação. Um blog após outro defendendo o filme e o diretor que também era o roteirista, produtor e um dos atores (como minha namorada me disse uma vez, caras assim devem ter orgasmos múltiplos quando sobem  os créditos do filme). Descobri que o roteiro surgiu de uma história de ninar que o diretor contava para suas filhas. Aí ele se achou o Lewes Carol e resolveu começar o desastre. Aí descobri o mais estarrecedor, o diretor, produtor, roteirsta e ator é Manoj Nelliattu Shyamalan, conhecido também como M. Night Shyamalan, famoso por "sinais", "a vila" e "sexto sentido". Dos seus filmes, assisti quatro até hoje, e a qualidade definitivamente piorou gradativamente (apesar desse em questão ser um verdadeiro salto em sua filmografia).
  Descobrir quem era o diretor me tranquilizou um pouco, pois imagino que seus defensores, são GRANDES fãs. O que me tranquilizou ainda mais, foi descobrir que o filme foi indicado ao framboesa de ouro por pior filme e o Shyamalan por pior diretor e ator coadjuvante.
 Não comentarei sobre a história, a sinopse não é difícil encontrar. Enfim, não estou sendo maldoso, na verdade eu tenho grande capacidade de encontrar coisas boas em produções artísticas em geral, mas esse realmente é muito ruim. Acho que se alguém se esforçasse muito pra fazer um filme ruim, ele seria mais interessante que "a dama na água".

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